terça-feira, agosto 25, 2009

Casamento em Fátima


Mais uma imagem de alta qualidade e grande interesse afectivo que este blogue salvadorense dá a conhecer aos seus seguidores, uns, os menos jovens, sempre interessados em recuperar vivências de infância, e outros, os que não conheceram esses tempos, curiosos por, assim, serem transportados aos tempos que foram os da flor da idade dos seus progenitores.
Trata-se dum registo do casamento do Libério Silva, realizado em Fátima, em 24 de Abril de 1962. Os noivos estão rodeados de familiares e de convidados que foram personalidades bem conhecidas e consideradas no Salvador, e de que destacamos o casal de professores Maria Adelaide e José Vicente Lopes, com a sua numerosa e simpática «turma» de filhos.
A foto foi-nos cedida pelo Adelino Justino, que também ali posa.

terça-feira, agosto 11, 2009

Salvador em livro

Encontra-se já na posse da Câmara Municipal de Penamacor e da Junta de Freguesia de Salvador, como entidades patrocinadoras da edição do livro Salvador barquinha d' oiro – O tempo dos nossos avós, uma primeira entrega da tiragem da referida publicação, da chancela das Edições Colibri (www.edi-colibri.pt).
Em breve saberemos, daquelas autarquias, onde e em que condições poderá ser adquirida a obra em questão, até ao momento a única impressa sobre a nossa terra.
ÚLTIMAS:
Lançamento em Salvador, no dia 4 de Setembro (primeiro dia da festa de Santa Sofia)

sábado, agosto 08, 2009

A Casinha


A casa dos meus pais era muito pequenina. Aliás, ela já resultara da divisão, ao meio, da casa de meus avós paternos, também ela já pequena. Ficava situada na Rua da Cinza, uma das artérias mais movimentadas de Salvador, por ser o caminho privilegiado entre o centro do povoado e a zona dos palheiros e das hortas.
Numa parte do local antes consagrado ao logradouro, encostado à rua, o meu pai fez uma divisãozinha independente, destinada a oficina da sua arte de sapateiro. Era a casinha.
A casinha era, pode dizer-se sem medo de errar, o local mais visitado e frequentado da freguesia, logo a seguir à igreja.
A razão é simples e há duas explicações para o facto. A primeira é que ali se vendiam os selos, se registavam as cartas e era aberta a mala do correio: e à porta da casinha se distribuía a correspondência aos que ansiosamente aguardavam por notícias; a outra, é que o Ti Zé Violas não era apenas sapateiro, mas um salvadorense muito popular e considerado, que atraía, à sua oficina, imensas pessoas, sobretudo das que estavam a férias, para uma boa partida de damas, para umas divertidas anedotas ou, mesmo, para elevada tertúlia, onde se debatiam os problemas mais candentes da actividade política do país.
A casinha, como o Ti Zé Violas, já não existe.
Tudo muda com o tempo.
A própria Rua da Cinza já não parece a mesma.