domingo, maio 31, 2009

1949 – Onde pára esta gente?


Sessenta anos não é pouca coisa!
Onde pára esta gente que, há sessenta anos, estava a sair da igreja do Salvador e ficou neste retrato?
Os anjinhos, conduzidos pelos seminaristas, para onde «voaram» com as suas asas brancas?
E os mortais pecadores que os cercam, tão enlevados mas tão fechados debaixo da escuridão dos habituais lenços e chapéus, onde se encontrarão?
Sessenta anos, tanta vida!
Sessenta anos, um momento!
Um clique de um fotógrafo, antigamente, na minha terra.
Foto, de 25-9-1949, cedida pelo padre Henrique da Cruz Monteiro, na imagem.

quinta-feira, maio 21, 2009

Foi há vinte, há trinta?



Foi há vinte, há trinta? Nem eu sei já quando...
Minha velha ama, que me estás fitando,
Canta-me cantigas para eu me lembrar!

Apetece invocar estes belos versos de Guerra Junqueiro quando vemos fotos deliciosas, como esta do casamento da Celeste e do Rui, aqui rodeados do padre António Robalo Ramos, do Henrique Bicho, do Ti José Mendonça (pai do noivo), do Ti Canilho, e de tantos outros amigos, de ar grave e circunspecto como é próprio da importância do momento.
A felicidade não é alegre nem é triste: a felicidade é, simplesmente. E nós somos felizes, por conseguirmos aqui trazer tempos que o foram, realmente, nas nossas vidas.

(Foto cedida por Zeferino Afonso)

quarta-feira, maio 06, 2009

Quem sabe a razão?


A maior festa de Salvador, e também umas das mais afamadas da região, é a que se realiza no primeiro domingo de Setembro de cada ano, em honra de Santa Sofia.
Até aqui tudo bem, mas existe um pormenor que intriga muita gente, incluindo nós próprios, que não temos uma resposta para lhe dar. Trata-se da existência de duas imagens da Santa, uma de estilo reconhecidamente mais antigo – diríamos que de traça medieval – e a outra bastante mais moderna.
O curioso é que ambas tomam parte nos actos religiosos, nomeadamente nos percursos processionais das festas, cada uma com o seu andor engalanado e, pelo menos até há alguns anos, coberto de notas e de outras oferendas.
Talvez que algum dos nossos leitores conheça as razões desta coexistência das duas imagens da nossa veneranda Santa Sofia, e não se importe de as compartilhar.