quinta-feira, dezembro 30, 2010

Ano Novo


Cá temos mais um ano novo à nossa porta.
Tem sido costume festejar-se a transição do ano velho para o ano novo, «encorrendo» o ano velho à frente de grande algazarra de testos a cascar com toda a força nas panelas e nos tachos, invariavelmente jogando estes para o lixo no final da chinfrineira.
O que eu vos queria dizer é que, sendo certo que a vida dos Portugueses vai mal, muito por causa da proliferação de tachos – de bons, de grandes tachos –, o que vos queria dizer, de facto, é que vos não poupeis a arrear neles valentemente, assim que o relógio da torre acabe de dar as doze badaladas da meia-noite no dia 31.
E faço votos para que os 365 dias do calendário junto, sejam favoráveis ao Salvador e a todos os seus filhos e amigos, e, se possível, que aos tais tachos, tragam o destino que merecem: o lixo.

domingo, dezembro 19, 2010

Natal 2010 – Ano Novo 2011


Desejamos, profundamente, que todos os salvadorenses, todos os nossos leitores, e as respectivas famílias, passem o Natal felizes.
Desejamos, ainda, que o Ano Novo que aí vem, ao contrário das expectativas, seja uma agradável surpresa para todos.

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Assentar praça






Assentar praça, eis algo que já passou à história, e de que é necessário ir falando, para que as gerações mais novas tomem conhecimento de realidades bem diferentes das deste seu tempo.
O serviço militar obrigatório terminou oficialmente em 19 de Novembro de 2004, mas já alguns meses antes deixara de ser feito o recrutamento de conscritos, ou seja, os rapazes com idade de servir à tropa deixaram de ser recrutados e obrigados a ir às sortes, a ir à inspecção, a assentar praça, deixando de ser, assim, retirados, às suas famílias e aos seus empregos, por um período variável, nunca inferior a dezoito meses, mas que poderia ir até três ou mais anos.
O futuro dirá se é bom ou se é mau, mas, no meu tempo, em Salvador, era este um período muito importante das nossas vidas, dado que, sobretudo para os naturais da província, fazer o serviço militar representava um apreciável salto qualitativo em termos das hipóteses possíveis de um futuro diferente, com outras expectativas de qualidade de vida, que a aldeia não podia, naturalmente, proporcionar.
São de 1958 as fotos, deste vosso amigo, que darão uma ideia (favorável) da primeira fase do serviço militar – a instrução – que nos aguardava logo que assentávamos praça.