sábado, dezembro 03, 2011

Passeio ao Bom Jesus do Monte

Mais uma fotografia da rica colecção da Severiana Candeias Lopes, cedida através do seu irmão Libério, e mais uma lembrança dos bons velhos tempos de Salvador. Desta vez, a cena é de uma viagem de passeio a Braga, no início dos anos sessenta, e a imagem foi captada junto a uma das formosas fontes que se distribuem ao longo da imponente escadaria do Santuário: a Fonte das Cinco Chagas.
O homem do chapéu é o Severino Rodrigues Reboredo , encarregado das minas de Salvador, (ao tempo já prestes do fim da exploração); acompanham-no a esposa, Teresa, e Ascenção Filomena (o sujeito de gravata seria o motorista (desconhecido) da excursão. Do outro lado, a jovem Severiana Lopes, de perna traçada, tem atrás de si o Sebastião Lourenço (marido da Ascenção), a Severiana Justino, a Lurdes Arrojado e sua mãe, Bárbara; falta o pai, Júlio Arrojado, que, presumo, terá sido o fotógrafo.
O casal de mineiros gozava de grande consideração e simpatia, e ainda residiu vários anos na nossa terra após a desactivação das minas, tomando conta das instalações. Eram naturais de Barcelos, pelo que não custa a crer que tenham sido eles os inspiradores do passeio, que nós aqui recordamos meio século depois.

sexta-feira, dezembro 02, 2011

Casamento em 1943

É de um belo dia de 1943 esta bela imagem que fixou para a posteridade o casamento da Adosinda Martins e do António Augusto Carvalho.
Já lá vão quase sete décadas, pelo que, no ajuntamento que vemos à saída da igreja de Salvador (ainda com os degraus da entrada em meia lua), poucas pessoas conseguimos  identificar, para além dos noivos, obviamente. O Padre Jaime Soares Ribeiro, então pároco na nossa terra, tem à sua direita Raul Raposo e, a espreitar atrás do seu ombro esquerdo, a Alice Peres. À direita do noivo, José Robalo e, fardado, o guarda-fiscal Domingos Lopes, que tem pela mão o seu filho Libério (nosso particular amigo e também já septuagenário), que nos facultou esta  deliciosa imagem.  De resto, apenas rostos não totalmente desconhecidos, mas não por nós identificáveis.
Ainda algumas palavras sobre os noivos, para dizer que fizeram toda a sua vida em Lisboa e tiveram uma filha, a Manuela, uma simpática jovem do nosso tempo. Passavam todas as suas férias em Salvador, e o Sr. Carvalho – assim o conhecíamos – apesar de natural do norte do país, era grande amigo da nossa terra, desfrutando de grande consideração e popularidade entre a população. Como registo curioso, o facto de ser do sr. Carvalho uma das primeiras máquinas fotográficas pessoais que apareceram no Salvador.