O Salvador da passada década de trinta - muito provavelmente quando esta foto foi feita - tinha imensos balcões de pedra, alguns dos quais já passaram por este blogue.
Para além de serem emblemáticos das pessoas mais abastadas da terra, pela sua altura e pela sua imponência eram palco de momentos importantes: a partir deles se cantavam as alvíssaras, ou se encomendavam as almas, pela calada das noites quaresmais; neles fazia paragem a «música» da festa para o mata-bicho dos músicos; era ainda deles que provinha o brado jocoso e galhofeiro das choradelas de entrudo... e também serviam de palanquim privilegiado para uma bela fotografia, coisa ainda bastante rara naquele tempo e, daí, a atenção e o ar grave com que os retratados espreitavam o «passarinho».
Neste caso, o cenário é o balcão do Ti António Cigano, na Rua da Ferradura, e, pelo que vemos, atraiu a garotada da vizinhança.
Para além de serem emblemáticos das pessoas mais abastadas da terra, pela sua altura e pela sua imponência eram palco de momentos importantes: a partir deles se cantavam as alvíssaras, ou se encomendavam as almas, pela calada das noites quaresmais; neles fazia paragem a «música» da festa para o mata-bicho dos músicos; era ainda deles que provinha o brado jocoso e galhofeiro das choradelas de entrudo... e também serviam de palanquim privilegiado para uma bela fotografia, coisa ainda bastante rara naquele tempo e, daí, a atenção e o ar grave com que os retratados espreitavam o «passarinho».
Neste caso, o cenário é o balcão do Ti António Cigano, na Rua da Ferradura, e, pelo que vemos, atraiu a garotada da vizinhança.
Foto cedida por José Manuel Borrego Ribeiro.
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