Nesta foto (anos 60?), cedida pela Lena do Américo Morais, que, como eu, foram gente na Rua da Cinza, podemos ainda ver as «casinhas» que avançavam das moradias, à guisa de logradouro de arrumos. A «casinha» branca era do Ti Zé Violas e servia, simultaneamente, de oficina de sapateiro e de posto de correio, sendo, também, mormente de verão, uma espécie de clube onde se juntavam certas pessoas para um bom jogo de damas ou para uma animada converseta, sempre com o contributo bem homorado do anfitrião, enquanto batia a sola ou ponteava os sapatos.
Aqui vão uns versinhos à minha rua:
A Rua da Cinza é minha,
Herdei-a por nascimento.
Guardo-a, bem guardadinha,
Junto do meu pensamento.
Saindo do Fundo da Estrada,
Finda na Rua Direita.
Mesmo antes de ter calçada
Já ela era a mais perfeita.
Tinha casas, muitas casas,
Alegria e foliões;
Tinha rondas, tinha arruadas,
E flores nas procissões!
Tinha vida, muita vida,
Trabalho e divertimento;
Povo de cabeça erguida,
Salvador em movimento!
A Rua da Cinza é minha,
Herdei-a por nascimento.
Deixá-la-ei, inteirinha,
Quando fizer testamento.
Aqui vão uns versinhos à minha rua:
A Rua da Cinza é minha,
Herdei-a por nascimento.
Guardo-a, bem guardadinha,
Junto do meu pensamento.
Saindo do Fundo da Estrada,
Finda na Rua Direita.
Mesmo antes de ter calçada
Já ela era a mais perfeita.
Tinha casas, muitas casas,
Alegria e foliões;
Tinha rondas, tinha arruadas,
E flores nas procissões!
Tinha vida, muita vida,
Trabalho e divertimento;
Povo de cabeça erguida,
Salvador em movimento!
A Rua da Cinza é minha,
Herdei-a por nascimento.
Deixá-la-ei, inteirinha,
Quando fizer testamento.
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