O título é esclarecedor: «“Triste” de alcunha mas sempre alegre no cantar»; e em subtítulo: «António Silva, ex-ganhão, guardador de cabras e agricultor, confessa que “a meio vinho” é quando se “quadra” melhor».
Depois de referir os tempos em que se deslocava à aldeia vizinha de Aranhas, aos mercados de Monsanto ou às festas e romarias onde houvesse um acordeonista ou uma viola, expressamente para se defrontar com outros cantantes bem conhecidos e de nomeada na zona, António Silva confessa que «no Salvador ainda persistem uns quantos fadistas», que se reuniam na taberna da «velha do Ti Carrondo».
A entrevista incluiu uma sessão ao vivo, onde, ao som do acordeonista António Morais, o Ti Triste cantou ao desafio com o Zé António França, o António Maria da Serra e o João Augusto – este último um jovem deficiente e invisual que, numa recente festa de Santa Sofia, cantara à desgarrada com a fadista Cidália Moreira.
O espectáculo decorreu entre sardinha assada, entrecosto na brasa e vinho da região, e ramatou com um improviso dedicado pelo entrevistado ao entrevistador:
Viva toda a sociedade;
Vivam todos quantos estão;
Viva o nosso Salvador;
Viva toda a sociedade;
Vivam todos quantos estão;
Viva o nosso Salvador;
Viva o Jornal do Fundão.
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