O Salvador teve sempre um clima muito rigoroso. Invernos muito frios metiam as pessoas dentro de casa, escarrapachadas sobre a braseira de carvão de esteva, ou arrastando os tropeços em direcção à lareira onde grossos rachões de lenha faziam a boa brasa acolhedora. Em tempos de canícula, era ver a família porta fora, a espalhar-se pela escadaria de pedra, à medida que a sombra refrescava os degraus escaldantes. Num e noutro caso, privilegiavam-se a conversação e a confraternização, militantes e saudáveis, que as exigências dos tempos modernos vieram retirar do seio das famílias de agora.
Não sabemos bem a data desta foto tirada no balcão do Américo e da Lena, mas sabe-nos bem rever aqui a própria Lena, o Ti Vítor (já desaparecido), a filha Idalina, o enteado Vítor (de raspão), e todos aqueles jovens que agora já o não serão tanto assim.
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