sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Guarda Fiscal e Salvador


Na época em que o contrabando entre Portugal e Espanha estava na ordem do dia, todos os lugares raianos, como a nossa terra, foram importantes na vigilância de fronteiras, na protecção fiscal e económica do Estado.
Esse trabalho pertencia à Guarda Fiscal que, durante a maior parte da sua existência secular, manteve um posto em Salvador, com uma guarnição variável, mas raramente excedendo a dezena de efectivos. Tratava-se de pessoas de outras naturalidades, dada a proibição de poderem exercer a profissão na sua própria terra, certamente por motivos de independência de acção.
Não cabe aqui abordar a sua actividade, nem a dos seus naturais «adversários» – os contrabandistas. O nosso objectivo é salientar o facto de que alguns desses homens, ao aqui residirem com as suas famílias durante vários anos e até décadas, tomaram o Salvador como a sua terra, e salvadorenses nasceram os seus descendentes.
Em 1956 era esta a composição do Posto de Salvador:
António Vaz Leitão
Domingos Lopes
José Afonso
José Dias Ramos
José Gomes
José Gonçalves Milheiro Duarte
José Toscano da Costa
Júlio Arrojado
Manuel Augusto Pires dos Santos
Sebastião Oliveira Cunha
Zeferino Miguel (Comandante do Posto)

Na foto, de cerca de 1950, o guarda-fiscal José Afonso faz o seu retrato de família. Natural de Proença-a-Velha, tal como a mulher, Adélia dos Santos, passaram no Salvador meio século de vida, e aqui jazem no cemitério local.

4 comentários:

Anónimo disse...

Mas que bela fotografia. É muito giro ver toda a familia do meu pai reunida talves à porta da casa deles?, os meus avos, os meus tios Armando e Amadeu,a minha querida tia Augusta, as tias Alice e Julia, as minhas primas Micéu e Didi e finalmente o meu pai talvez com os seus 6/7 anos. É muito bom o tio Albertino fazer-nos sorrir ao olharmos para esta fotografia com tantas pessoas que nos gostamos.
Um grande beijinho, Célia

Anónimo disse...

A foto foi tirada no balcão onde morava o guarda-fiscal António Vaz Leitão, marido da senhora Celeste Cunha e pai do Ismael, da Lurdes e do Henrique Leitão.
Era um casal de Monsanto, que viveu toda uma vida em Salvador.
A família Leitão e a família Afonso eram amicíssimas.

Unknown disse...

É, de facto, louvável que haja quem dedique o seu tempo e sabedoria para materializar algo tão simples, mas tão importante!
Esta foto é única, como outras, mas comove-me especialmente por retratar os meus antepassados...alguns já falecidos e que tantas saudades deixaram!!
Beijinhos e obrigado tio, Ricardo

ALFAFOCSTROTE disse...

A SAUDADE...O QUE É?
É uma sensação que não podemos descrever, mas que vive em nós e que germina sem que dela nós tratemos.
Eu vivo a saudade, porque a saudade vive em mim.
E quem sou eu que estou para aqqui a escrever coisas sem nexo??
EU SOU TAMBÉM UM AFONSO.
Eu chamo-me Francisco Afonso; sou filho de António Afonso, sobrinho do José Afonso, irmão do meu querido pai,ambos falecidos
Logo, sou primo da minha querida e saudosa Maria Augusta, do saudoso Armando,da Maria Alice, Do Amadeu e do Zeferino.
Pelos omenários que li, subentendi
que a Célia será filha do Zeferino.
Se assim for, -e que não seja-, para ela e para todos os que vivem A SAUDADE,
Um grande abraço.
PS.Se alguém que leia este comentário, conheça o Amqadeu e o Zeferino dêem-lhe por mim um Grande Abraço e o meu Email«tableaunoir@sapo.pt»
Podem também visitar-me no Blog «http://aaladosnamorados.blogs.sapo.pt»
Francisco Afonso
(natural de Proença-a-Velha e residente em Lisboa)