quinta-feira, fevereiro 19, 2009

Clube Recreativo e Beneficente de Salvador (CRBS)

Fundado em Junho de 1979, deu início às suas actividades a 20 de Junho desse mesmo ano, em edifício alugado para o efeito. Começando no âmbito recreativo e cultural, continuou, posteriormente, no desporto, nomeadamente, com o futebol e com o atletismo.
Embora os seus atletas não chegassem a estar federados, eles obtiveram bastantes sucessos, quer no futebol, quer no atletismo, tanto em torneios concelhios como inter-concelhos, tornando-se uma das equipas mais respeitadas.
Dos seus órgãos directivos destacam-se dois nomes: José Joaquim Landeiro, Presidente da Direcção e Manuel Justino Martins Caiado, sócio-fundador n.º 1 e Presidente da Mesa da Assembleia-Geral, que tudo fizeram no sentido de engrandecer este clube, para orgulho dos cerca de 500 sócios e dos salvadorenses em geral.
Infelizmente, o sucesso do CRBS foi efémero, porque os órgãos directivos que se seguiram pouco ou nada fizeram para o manter e desenvolver.
O Clube foi criado através de escritura pública na Conservatória de Penamacor, e o respectivo Estatuto foi publicado no Diário da República, III Série, n.º 180, de 6-8-1979.
Segundo os últimos dirigentes em funções, o CRBS já não existe. O que não querem, certamente, é honrar as suas responsabilidades, visto que o Clube, como associação legalmente criada, continua a existir, apesar da sua inactividade e do seu estado comatoso.
Atente-se, por exemplo, no teor do art.º 37.º do Estatuto, que diz: «O Clube poderá dissolver-se quando, em assembleia geral, convocada expressamente para esse fim, com a comparência de pelo menos três quartos dos seus sócios efectivos e votada favorável por quatro quintos dos presentes, se reconheça que, por falta de fundos, é impossível manter-se».
Por sua vez, o art.º 38.º preceitua: «Se for deliberada a dissolução, a assembleia geral nomeará uma comissão liquidatária, composta por três sócios e com a fiscalização directa de autoridade designada pelo Governo se encarregará da venda de móveis e imóveis, procedendo à liquidação do activo e passivo. O saldo entre activo e passivo será doado à Junta de Freguesia local, a fim de ser doado e distribuído pelas pessoas mais necessitadas desta localidade, podendo também ser doado a instituições de beneficência, se a assembleia geral optar por esse fim».
Da última acta registada - a Acta n.º 58, de 16-1-1986 -, nada consta sobre a matéria, pelo que é evidente o não cumprimento dos dois artigos do Estatuto, atrás transcritos.
Sendo assim, parece legítimo admitir que os últimos dirigentes em funções, que reuniram, pela última vez, naquela data, lavrando a acta correspondente, serão os responsáveis por todo o património que o Clube possuía, por ele respondendo perante todos os sócios, ou, eventualmente, também perante as entidades oficiais.


Texto e imagem cedidos pelo sócio n.º 1 do CRBS, Manuel Justino Martins Caiado

3 comentários:

Anónimo disse...

Lembro-me dos bailes e actividades efectuados nesta associação, mas a ganancia de alguns hobbies e interesses privados deixou por terra esta associação, instalações ao abandono e vandalismo, sem falar em outras coisas, aquando eleições é só promessas mas afinal fica tudo na mesma, por isso os jovens da terra desaparecem e só voltam pela altura da festa e natal porque ainda existem familiares, quando estes falecerem, vendem os bens e nunca mais lá voltam, é o destino das aldeias que param no tempo por culpa de interesses pessoais, o clube podia receber subsidios do estado como outros clubes para proveito da aldeia, nem nisso são espertos. Espero por mais comentários, para responder.

Anónimo disse...

Todos os Salvadorenses lamentam a extinção do clube. É tempo de ressuscitar o espirito associativo das gentes de Salvador. Muitos beneficios poderão advir da criação de um clube na nossa aldeia. Se quiserem ler os estatutos do antigo clube, visitem o blog http://salvador4ever.blogs.sapo.pt e cliquem na imagem do galhardete do clube. Salvadorenses é tempo de pensar colectivo, o Salvador necessita de uma associação.

Anónimo disse...

Que saudades dos tempos do nosso clube, dos jogos de futebol, jogavamos por um sumol e uma sandes(quando havia),eramos tranportados em carrinhas de caixa aberta, mas sempre todos felizes, porque estavamos a representar a nossa terra, lembro me também dos saudosos bailes, das noites passadas em convivio, onde se juntava toda a juventude de salvador, e dos arredores, nessa altura toda a gente visitava o Salvador. Que saudades.....
Gostaria de ajudar no renascimento desse Grandioso Clube, na medida das minhas posses, já que mais não fosse como sócio. Contém comigo( Sempre), para iniciativas com essa.
cumprimentos.
Lino Pinto